sábado, 4 de junho de 2011

; trsite (...)


Para matar a vontade de está muito perto de alguém e não poder o que a gente faz? Chora? Será que chorar resolve? Então eu dizia que aquilo doía muito. Que essas coisas não se podiam fazer com as pessoas. Me doíam muito essas esperas. Essas chamadas que não aconteciam. E quando aconteciam, traziam palavras que não era de bom agrado. Não se pode destratar um amor de uma mulher. Nunca. Só que ninguém sabe o que acontece num quarto de uma garota triste a noite. E as palavras? As palavras já não saíam tão bonitas como antigamente. E eu acabava me recriminando por estár esperando que as coisas sejam do meu jeito, sabendo que não seria. Sabendo que não ia ser do jeito que eu esperava. Quando ia embora, ia triste. Não tinha mais aquele sorriso de orelha a orelha. Além do coração, acabaram levando o sorriso embora também. E Sumiu. Com a jaqueta preta, toca na cabeça, óculos escuros e as mãos no bolso. Não olhava pra tráz porque olhar para traz é uma maneira de dizer que precisava ir embora, mas que havia de deixar a melhor coisa do mundo para traz. Partiu quieta. Sentia vontade de voltar, sim, não escondo isso. Tinha vontade de ligar, de dizer mil coisas, cair nos braços, e não se importar com nada. Mas não podia. Por isso que eu digo que mesmo morrendo por você, não gosto de você. Existem coisas que você fala que não dá pra entender porque você fala, se você sabe que machuca. É incrível como algumas coisas que as pessoas dizem pra você marcam, e até parece que foram marcadas a ferro porque ainda doí. Também não vale a pena fingir que não sinto nada. Se sinto. Tem coisas que não depende de mim. Estou disposta a esperar, mas quanto tempo? Quanto tempo uma ferida pode passar aberta? Quanto tempo um coração pode passar quebrado, e mesmo assim continuar batendo? Me doí a possibilidade de ser só mais uma lembrança. Me doí a possibilidade de mais uma conversa em silêncio. Me doí não saber de que forma puxar assunto. Como é que eu vou te olhar no fundo dos olhos agora? Tenho medo de ter perdido meu tempo contando as coisas pra você. Tenho medo que as coisas sejam difícil agora. Medo de endurecer, de me fechar, medo de guardar-só pra mim.  Não sei como são as coisas dentro de você. Sei que tem algo pra falar, mas não fala por medo. Mas precisava ter dito alguma coisa pra você, porque mesmo se não mudasse em nada,você pelo menos saberia como me sinto. As minhas verdades me bastam, mesmo sendo mentiras. Ando tendo uns dias difíceis, preciso de um colo que ninguém sabe dá. Mas nada,nada de grave. Dias tristes apenas. Dias em que dá vontade de viajar e dormir. E os sorrisos? A muito tempo que não me lembro mais como são os sorrisos. Mesmo que as coisas não estejam saindo como o planejado eu ando leve e suave. Não é nada de grave. Algumas pessoas mudam mesmo. E a saudade que você sente, não é o suficiente pra fazer elas voltarem ao que eram antes. Eu sei o que sentia por você. Ainda lembro. Sei bem o tamanho do meu amor. Sem mistérios, sem rodeios. Nunca escondi. Eu sei muito bem o que ainda sinto por você. 
Jaqueline Sampaio

A tristeza é um sentimento que nos procura e ocupa muitas vezes. Podemos ficar tristes por palavras ou actos de alguém, pela desgraça doutra pessoa, por um desastre ou cataclismo, por uma imensidade de coisas.
Mas algumas vezes ficamos tristes sem saber porquê, sentimo-nos tristes e não conseguimos identificar a origem dessa tristeza. Talvez seja uma data de pequenas coisas somadas, ou algo que nos tocou e não nos recordamos.
Hoje estou assim, estou triste, e não sei porquê.

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